A Viúva Negra - Gabriel Allon enfrenta o ISIS
Daniel Silva é, presentemente, um dos melhores autores com a capacidade para ficcionar a realidade. Tem demonstrado uma inigualável intuição para criar uma linha narrativa imaginária paralela à nossa, onde os acontecimentos poderiam corresponder exatamente à manchete de qualquer jornal (credível). No título mais recente traduzido para português - estará entretanto a chegar a tradução de House of Spies - essa verosimilhança com a realidade torna-se ainda mais assinalável.
Silva não se preocupa em oferecer uma narrativa cheia de floreados e com grandes metáforas. O seu pragmatismo coaduna-se com o das personagens que cria, que são forçadas a focar-se nos seus objetivos. Os seus livros valem pela capacidade de levar o leitor a conhecer outras realidades, nomeadamente o submundo dos serviços de inteligência, que diariamente trabalham para manter a segurança nos seus países, bem como pela
sua omnisciência que põe a nu as crenças e os inúmeros receios das suas complexas personagens.
De igual forma, Silva oferece-nos uma perspetiva sobre o que é o paradigma de um dos locais do globo onde o conflito é uma realidade permanente: o Médio Oriente. O facto de os principais protagonistas serem de nacionalidade israelita, não deixa de ser um ponto diferenciador e uma aposta bem ganha. As inúmeras contrariedades que o povo de fé judaica vem enfrentando ao longo da sua existência são muito bem aproveitadas pelo autor e constituem factos de interesse para basear muitas histórias.
É a primeira vez que o protagonista, Gabriel Allon - o futuro chefe dos Serviços Secretos israelitas -, enfrenta diretamente a mais recente ameaça à segurança global - o ISIS. E fá-lo de uma forma bastante arrojada: através da infiltração de uma agente israelita numa célula terrorista comandada por um cérebro impiedoso que se dá a conhecer como Saladino.
Durante a missão da jovem agente israelita, Daniel Silva dá-nos a conhecer uma ilustração verosímil do que é um processo de recrutamento, por parte do Estado Islâmico, bem como da própria vida no Califado, com passagem por várias localidades na Síria e no Iraque. Mas os detalhes chocantes não se ficam por aqui. O final reserva um cenário de destruição apocalíptica, praticamente impossível de deter.
É um livro onde o leitor descobre os pormenores de forma doseada, com algumas revelações a serem adiadas para surgirem de modo surpreendente. Na primeira fase do livro, a leitura não é tão fluída, devido à grande contextualização que é necessária para se poder mergulhar na linha da narrativa. A partir daí, a trama evolui muito rapidamente e de forma bastante intuitiva... até chegar o caos. Diria ser mesmo impossível antever o final antes de se ler por completo.
Silva não se preocupa em oferecer uma narrativa cheia de floreados e com grandes metáforas. O seu pragmatismo coaduna-se com o das personagens que cria, que são forçadas a focar-se nos seus objetivos. Os seus livros valem pela capacidade de levar o leitor a conhecer outras realidades, nomeadamente o submundo dos serviços de inteligência, que diariamente trabalham para manter a segurança nos seus países, bem como pela
sua omnisciência que põe a nu as crenças e os inúmeros receios das suas complexas personagens.
De igual forma, Silva oferece-nos uma perspetiva sobre o que é o paradigma de um dos locais do globo onde o conflito é uma realidade permanente: o Médio Oriente. O facto de os principais protagonistas serem de nacionalidade israelita, não deixa de ser um ponto diferenciador e uma aposta bem ganha. As inúmeras contrariedades que o povo de fé judaica vem enfrentando ao longo da sua existência são muito bem aproveitadas pelo autor e constituem factos de interesse para basear muitas histórias.
É a primeira vez que o protagonista, Gabriel Allon - o futuro chefe dos Serviços Secretos israelitas -, enfrenta diretamente a mais recente ameaça à segurança global - o ISIS. E fá-lo de uma forma bastante arrojada: através da infiltração de uma agente israelita numa célula terrorista comandada por um cérebro impiedoso que se dá a conhecer como Saladino.
Durante a missão da jovem agente israelita, Daniel Silva dá-nos a conhecer uma ilustração verosímil do que é um processo de recrutamento, por parte do Estado Islâmico, bem como da própria vida no Califado, com passagem por várias localidades na Síria e no Iraque. Mas os detalhes chocantes não se ficam por aqui. O final reserva um cenário de destruição apocalíptica, praticamente impossível de deter.
É um livro onde o leitor descobre os pormenores de forma doseada, com algumas revelações a serem adiadas para surgirem de modo surpreendente. Na primeira fase do livro, a leitura não é tão fluída, devido à grande contextualização que é necessária para se poder mergulhar na linha da narrativa. A partir daí, a trama evolui muito rapidamente e de forma bastante intuitiva... até chegar o caos. Diria ser mesmo impossível antever o final antes de se ler por completo.
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