20. Diamonds are Forever



Sean Connery in Diamonds Are Forever

Diamonds are Forever (1971) marca o fim definitivo da era Sean Connery, se não considerarmos Never Say Never Again (1983) que, conforme referido na análise de Octopussy (1983), não consta da filmografia oficial. À semelhança de Moore e Brosnan, este é também o pior filme a contar com o ator, embora por motivos diferentes. Depois de vários argumentos sólidos nos filmes anteriores, a existência de um laser construído à base de diamantes (à semelhança de Die Another Day) capaz de destruir o armamento nuclear das grandes potências militares para depois leiloar a supremacia militar soa a demasiado megalómano. O filme é também vítima de fazer suceder a um excelente Blofeld de Telly Savalas, outro de Charles Gray que, em You Only Live Twice (1967), já havia desempenhado Henderson, um agente do MI6 no Japão.


Título: Diamonds Are Forever (1971)


Realizador: Guy Hamilton


007: Sean Connery


Bond Girl: Jill St. John


Vilão: Charles Gray


Música: Diamonds Are Forever (Shirley Bassey)


A Melhor Linha

Tiffany Case[reading Bond's ID card planted on the deceased Franks] My God! You just killed James Bond!

James Bond: Is that who it was? Well just goes to show, no one's indestructible.

Resumo

A sequência de abertura revela um Sean Connery regressado, procurando incansavelmente informações sobre o paradeiro de Ernst Stavro Blofeld (Charles Gray). Bond acaba por chegar a um local onde parece estar descrito um processo de transformação facial. Nesse processo, Bond percebe que várias cobaias estão a ser intervencionadas para que o seu rosto se assemelhe ao de Blofeld. Bond acaba por matar uma das imitações seguida daquele que parecia ser o verdadeiro Blofeld.

Enquanto isso, a dupla de assassinos mais ridícula da saga 007, Mr. Wint (Bruce Glover) and Mr. Kidd (Putter Smith), vai silenciando alguns contrabandistas de diamantes. M (Bernard Lee) suspeita de uma tentativa de armazenamento para depois inundar o mercado com dumping e envia Bond para investigar. Sob o disfarce do assassino profissional Peter Franks, Bond viaja até Amsterdão para contactar com Tiffany Case, um membro da rede de contrabando. No entanto, o verdadeiro Peter Franks (Joe Robinson) acaba por aparecer e Bond consegue silenciá-lo num combate corpo a corpo no elevador de belo efeito, colocando o seu próprio bilhete de identidade no corpo do falecido. A reação de Tiffany Case quando associa a identidade de Bond ao cadáver está representada na melhor linha.

Bond e Case viajam depois para Los Angeles com os diamantes escondidos no cadáver. No aeroporto, Bond encontra o seu aliado americano Felix Leiter (Normand Burton) para o informar sobre o plano, seguindo depois para Las Vegas. Numa casa mortuária, coloca o corpo de Franks para cremação, com vista a retirar os diamantes, entregando-os a outro elo da rede de contrabando, Shady Tree (Leonard Barr). 007 é apanhado por Wint e Kidd que o colocam numa câmara de cremação, sendo salvo por Tree que regressara ao constatar que os diamantes eram falsos - tinham sido plantados por Bond com a ajuda da CIA.

Pedindo a Leiter que lhe entregue os diamantes verdadeiros, Bond segue para a Whyte House, um casino-hotel detido pelo multi-milionário Willard Whyte onde Shady Tree trabalha como comediante. Tree é assassinado por Wint e Kidd que não se haviam apercebido que os diamantes eram falsos. Numa das mesas de jogo, 007 conhece a oportunista Plenty O'Toole (Lana Wood) que se interessa por ele após ele ganhar algumas rondas na mesa. O'Toole segue com Bond para um quarto, onde é atirada pela janela caindo "acidentalmente" na piscina do hotel. Bond consegue escapar e tenta recrutar Tiffany Case para o seu lado, instruindo-a a ir buscar os verdadeiros diamantes ao Circus Circus Casino.

Após conseguir os diamantes, Case decide passar os diamantes ao próximo elo da cadeia ao invés de regressar para junto de Bond. No entando ao perceber que O'Toole fora atirada da janela por engano e que objetivo era matá-la a ela, muda de ideias. Case diz a Bond para seguir o Professor Metz (Joseph Furst), um especialista em tecnologia laser, que leva Bond até uma localização remota onde estava a construir um laser com os diamantes. Bond consegue escapar num buggy lunar, numa cena que satiriza a ida dos USA à lua.

Bond segue depois até à casa de Willard Whyte para o confrontar, dando de caras com dois Blofeld. Vendo o gato aproximar-se de um deles atinge-o num disparo de belo efeito (ver imagem no topo), revelando-se ser o falso Blofeld. Bond é capturado e levado para o Las Vegas Valley onde é deixado para morrer. Ao conseguir escapar, contacta Blofeld com a ajuda de Bert Saxby (Bruce Cabot). De seguida, descobrem a localização de Whyte, resgatando-o, com Saxby a ser morto no tiroteio.

Com a ajuda de Whyte, o plano de Blofeld para destruir o armamento nuclear das grandes potências é descoberto. Whyte localiza ainda a base de operações de Blofeld numa plataforma de exploração de petróleo na Baja California. Com a ajuda da CIA, Bond detém Blofeld, resgatando Case que havia sido raptada e mantida em cativeiro. Já de regresso a Inglaterra num cruzeiro, Bond silencia para sempre a dupla main ridícula de assassinos que defrontou.

O Vilão - descubra as diferenças

É muito difícil ajuizar o papel de Charles Gray quando sucede na mesma personagem ao ator que melhor a representou, Telly Savalas. Mas, caramba, não será exagerado ter três atores diferentes para a mesma personagem em três filmes seguidos? Ainda para mais, indo buscar um ator que já havia desempenhado outra personagem num filme anterior com 4 anos de diferença. Não há muito mais a dizer.
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Charles Gray é Blofeld em 1971

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Charles Gray é Dikko Henderson em 1967

Bond Girl

Uma Bond Girl que tem um papel ativo numa rede de tráfico é mais do que uma rapariga plantada para ser seduzida. Jill St. John está também bem no filme.

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Jill St. John como Tiffany Case

A Música

Shirley Bassey regressa em Diamonds Are Forever, depois de ter interpretado Goldfinger em 1964. Regressaria ainda em Moonraker no ano 1979, tornando-se na única artista a interpretar três temas de James Bond. E dois também, visto que nenhum outro repetiu a sua aparição. Os três temas são dos melhores que Bond conheceu, colocando a fasquia ainda mais alta. Por acaso, por ligeiras diferenças, acho Diamonds Are Forever a menos boa das três



O Melhor - uma sátira com a sua piada

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A sátira da ida dos USA à lua


O Pior - acho que já tinha ficado claro

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Mr. Wint and Mr. Kidd

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